MAISON MOËT & CHANDON – UMA HISTÓRIA CENTENÁRIA
- José Rosa
- 7 de jan. de 2019
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A Maison Moët & Chandon foi fundada em 1743 por Claude Moët, e hoje possui 1.190 ha de vinha e produz anualmente aproximadamente 28.000.000 de garrafas de champanhe.
Em 1962 ela foi a primeira produtora listada na Bolsa de Valores da França
A vinícola pertence hoje em dia ao grupo LVMH ( Moët Hennessy Louis Vuitton SE), o maior produtor de artigos de luxo do mundo.
O espumante Chandon tem uma história centenária. Apreciado e consumido pela aristocracia, por figuras públicas importantes, personalidades e celebridades, tornou-se símbolo de glamour e sofisticação.
Hoje o espumante está presente em festas e eventos públicos e privados de grande expressão.
O sucesso do espumante foi impulsionado pelo consumo de aristocratas da época. Desde o começo abasteceu as cortes reais europeias, como Inglaterra, Bélgica, Holanda, Dinamarca e Suécia.

Um grande apreciador da bebida era ninguém menos que Napoleão Bonaparte. Tanto é verdade que, em 1869, em comemoração ao centenário do nascimento do político, foi lançado o primeiro carregamento do Moët & Chandon Brut Impérial. Em 1832, a administração da empresa, que era de Jean-Remy, foi passada ao filho Victor Moët e ao genro Pierre-Gabriel Chandon. Nascia, nesse ano, a Moët & Chandon.
A HISTÓRIA DA MAISON MOËT & CHANDON
A companhia está sediada na cidade de Épernay, França. Em 1743, Claude Moët começou a entregar os vinhos da região de Champagne em Paris. O reinado de Luis XV coincidiu com um grande aumento da demanda de vinhos efervescentes.
Moët expandiu rapidamente e, pelo final do século XVIII, já estava exportando a bebida para toda a Europa e Estados Unidos. Seu neto, Jean-Rémy Moët, levou a "Casa" para uma clientela de elite como Thomas Jefferson e Napoleão Bonaparte.
O nome Chandon foi adicionado à companhia quando Jean-Rémy Moët deu a metade da companhia a seu genro Pierre-Gabriel Chandon de Briailles em 1832, e a outra metade a seu filho, Victor Moët.

Depois da introdução do conceito de um champanhe de vintageem 1840, Moët introduziu no mercado seu primeiro vintage em 1842. Seu tipo Imperial Brut foi introduzido nos anos 1860.
Sua etiqueta mais conhecida, os Dom Perignon, é em homenagem ao monge beneditino conhecido como o “pai de Champagne”.
A Moët & Chandon é a fornecedora oficial de champanhe à rainha Elizabeth II.
Em 2006, a companhia produziu uma edição limitada de Moët & Chandon Brut Impérial em que a garrafa foi decorada com cristais Swarovski.

A Maison Moët & Chandon fundiu-se com o Hennessy, de Cognac, em 1971 e com a Louis Vuitton em 1987 para transformar-se LVMH(Louis-Vuitton-Moët-Hennessy), o maior grupo de artigos de luxo do mundo.
O GRUPO LVMH
LVMH Moët Hennessy Louis Vuitton SE ou simplesmente LVMH, é uma holding francesa especializada em artigos de luxo.
Foi formado pelas fusões dos grupos Moët et Chandon e Hennessy e, posteriormente, do grupo resultante com a Louis Vuitton. Hoje a Holding é presidida por Elmo Lourençon da Costa e controlada pela família de Davide Marcovitch.
As Marcas do Grupo
MARCAS DE BEBIDAS


MARCAS DE RELÓGIOS E JOALHERIAS


MARCAS DE LOJAS


MARCAS DE PERFUMES


MARCAS DE ROUPAS


OUTRAS ATIVIDADES


A CHANDON NO BRASIL
Nos anos 1950, a Maison Moët & Chandon aventou a possibilidade de instalar adegas e vinhedos fora da França. Começou-se, então, uma procura por lugares que atendessem a critérios climáticos favoráveis à produção da bebida.
Em 1959, a empresa chegou à conclusão de que a província de Mendoza, na Argentina, seria o melhor local para o projeto. Os motivos para a escolha estão no fato de a região ter terras de qualidade e clima seco, características que favorecem esse cultivo.
A produção do vinho espumante no Brasil só começou em 1973. Foi instalada a unidade da Chandon na cidade de Garibaldi, no Rio Grande do Sul.
De acordo com Philippe Mével, enólogo da empresa no Brasil, a escolha do país se deu por três razões:
- A primeira é enológica e se deve ao fato de a Serra Gaúcha ter “uma vocação nata para o cultivo de uvas com grande aptidão para a elaboração de espumantes de qualidade e classe mundial”.
- A segunda está ligada ao fato de o país ter um potencial mercadológico considerável. Na época, o Brasil passava pelo conhecido milagre econômico.
- E, finalmente, o terceiro motivo está relacionado ao boicote que o país impunha a produtos importados. A solução, portanto, foi produzir um espumante de origem nacional.
O objetivo da companhia era produzir vinhos com a mesma qualidade e filosofia daqueles produzidos pela Moët & Chandon na França.
No Brasil, a empresa realizou diversos esforços de marketing para posicionar o espumante Chandon e consolidar a bebida como um item de luxo.
Segundo a IstoÉ Dinheiro, a marca possui 25% de participação no mercado de espumantes brasileiro e investe agressivamente em marketing , cerca de R$10 milhões por ano.
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